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A curiosa origem da expressão “As paredes têm ouvidos”

Descubra de onde veio o termo muitas vezes usado para indicar algum bisbilhoteiro

As pessoas usam diversas expressões populares para representar situações específicas. A expressão “as paredes tem ouvido” exprime um alerta para os perigos de sermos escutados sem saber tem origem quase literal: vem justamente de um sistema de espionagem. Mas não desses atuais, com microfones embutidos nas paredes ou grampos nos celulares.

Te conto um pouquinho sobre as possíveis origens para esta expressão no vídeo a seguir:

 

O dito popular remonta à França do século XVI, mais especificamente aos conflitos políticos e religiosos que culminaram no massacre de milhares de protestantes no dia 24 de agosto de 1572, na chamada Noite de São Bartolomeu, em Paris. A ordem da matança veio da realeza e do clero francês, católicos fervorosos.

 

O evento teve como responsável a rainha Catarina de Médici (1519-1589), esposa do rei Henrique II. Por ser mãe de três reis da França: Francisco II, Carlos IX e Henrique III, ela influenciou a vida no país durante mais de 30 anos.

Estando no poder, esta mulher se servia de muitas artimanhas, a nobre teria mandado ligar por tubos acústicos secretos as salas do palácio real, o Louvre, para possibilitar a audição em outras salas de encontros políticos a portas fechadas. Como uma perseguidora implacável dos huguenotes, protestantes franceses, os furos nas paredes do qual a rainha ordenou que fizessem do palácio real para poder ouvir as pessoas das quais suspeitava.

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Outra versão atribuída à origem do dito popular vem do Oriente, de um antigo provérbio persa que dizia: As paredes têm ratos, e ratos têm ouvidos. Ao se espalhar pelo mundo, a expressão foi ganhando novas roupagens e idiomas.

Um dos primeiros registros de provérbio semelhante, aliás, aparece no clássico medieval The Canterbury Tales, escrito pelo inglês Geoffrey Chaucer entre 1387 e 1400. Em um dos contos da obra, ele descreve algo como “aquele campo tinha olhos, e a madeira tinha ouvidos”.

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