Em um mundo cheio de segredos e repleta de lugares misteriosos, hoje vou te contar um pouco sobre a famosa Zona do Silêncio em pleno deserto do mexicano que remonta centenas de enigmas e mistérios.
Há quem afirme existir uma estranha área localizada na Reserva da Biosfera Mapimí, entre um deserto compartilhado pelos estados de Durango, Chihuahua e a Coahuila, nomeada como “Zona Del Silencio”, há 400 quilômetros de El Paso, no Texas, há placas indicando o caminho para tal Zona. Supostamente, por lá, relógios e aparelhos elétricos apresentam estranhas falhas – por isso leva este nome, e que até o momento, não surgiram explicações razoáveis para os incidentes e a questão parece ser um pouco mais complicada do que parece.
Esse é um dos lugares mais misteriosos do nosso planeta e destaca-se por muitas coisas. A área é conhecida por abrigar animais e plantas extremamente bizarros e diferentes de tudo que já vimos. Podemos encontrar por lá, muitas mutações genéticas, por exemplo, o cacto roxo, e uma boa quantidade de animais diferentes do que costumamos ver diariamente, seja pessoalmente ou nas mídias, como a tartaruga típica do deserto na versão que parece ter sido mal formada.
Supõe-se que a Zona do Silêncio, no período Eoceno que compete a era Cenozoica (aproximadamente 30 milhões de anos atrás), tenha sido submersa pelo mar de Tétis e, portanto, é possível que ali seja encontrada uma quantidade impressionante de fósseis marinhos. Aliás, a curiosidade deste lugar atraiu cientistas de todo o mundo que visitaram o centro de pesquisas ali construído chamado ‘A Biosfera‘. O nome interessante se deve ao fato de justamente esta zona ter sido submersa há milhões de anos atrás.
Numa determinada área da Zona do Silêncio se torna um grande mistério, pois no interior da mesma, as ondas de rádio, por exemplo, não “flutuam” viajando por meio do ar, ou seja, é uma espécie de zona escura. Além dos sinais de rádio, os de televisão, ondas curtas, micro-ondas ou sinais de satélite não penetram na Zona do Silêncio, daí o lugar ter sido batizado pelos pesquisadores justamente de Zona do Silêncio.
Este trecho de 50 quilômetros de terra recebeu este nome, em 1966, quando a empresa petrolífera Pemex explorou a área. O líder da expedição, o engenheiro Augusto Harry de la Peña, ficou extremamente frustrado porque não conseguia obter um sinal de rádio. O engenheiro e sua equipe não conseguiam se comunicar porque seus walkie-talkies não funcionavam e os rádios portáteis emitiam sinais extremamente fracos.
Há 40 quilômetros de distância, vive uma comunidade de pessoas, conhecida como Ceballos Durango. Um terreno visivelmente vasto e plano, tem muitos arbustos espinhosos do deserto e cobras venenosas como qualquer outro deserto. Como já se sabe, esta área faz com que todos os sinais de rádio caiam e a agulha da bússola enlouqueça. Pessoas chegaram a dizer que na Zona de Silêncio não se consegue ouvir nada, nem mesmo a conversa dos outros.
Posteriormente, em julho de 1970, a atenção das autoridades e das pessoas em geral começou a se voltar para aquela parte do planeta, pois a base militar dos EUA perto de Green River, Utah, disparou um míssil de teste norte-americano, apelidado de Athenas, na direção de White Sands Missile Range, no Estado americano do Novo México. O míssil perdeu o controle e, em vez de pousar no alvo pretendido, teve a sua rota inexplicavelmente desviada do traçado original e continuou 400 milhas ao sul, aparentemente perdeu o controle, espatifando-se na zona do enigmático deserto Mapimí, no México, repleta de fatos excêntricos e estranhos. Os responsáveis teriam levado mais tempo do que o habitual para encontrar os fragmentos, porque bússolas e relógios não funcionavam bem na região. Quando o foguete foi encontrado após três semanas de intensa busca, uma pista de pouso foi construída para transportar os destroços.
Toda a operação foi muito secreta, consistente com o bom senso governamental, e ninguém foi informado ou questionado. Contudo, a natureza secreta da operação já gerava rumores entre os residentes.
O Governo do México permitiu que investigadores da Força Aérea dos Estados Unidos fossem à região a fim de estudá-la, acabando por descobrir um dos aspectos mais estranhos de todos: comprovaram que aquela é uma área que não recebia nenhuma variação de ondas de rádio. Sendo assim, as autoridades mexicanas resolveram construir ali uma estrutura de estudo e pesquisas voltada as descobertas no deserto da Zona do Silêncio. Quando os habitantes mencionaram os problemas com sinais de rádio, especialistas passaram a investigar a hipótese de que havia uma espécie de cone magnético que gerava ionização na atmosfera, produzindo ruídos nas ondas.
Os cientistas dizem que o foco principal, é o estudo dos animais e vegetais do local; porém, os boatos existentes, é que as pesquisas têm objetivos mais profundos, já que indicam que há um elevado nível de magnitude no local, além de curiosamente, o lugar ser um ponto quente para queda de grande precipitação de meteoros, pois consiste em propriedades magnéticas incomuns associadas com minerais no solo. Talvez a característica magnética da zona um tanto árida, acabe atraindo objetos espaciais de ferro. Pesquisadores de vários cantos do mundo tentam descobrir se o fato se dá por conta de minérios magnéticos naturais ou contaminações milenares de meteoritos.
Logo, se adicionarmos a presença abundante de meteoritos e fósseis, é compreensível que a área seja alvo de especulações, de que esta área é um portal de energia concentrada, energia essa relacionada a supostos ÓVNIS – Objetos Voadores Não Identificados. Podendo também ser o local em que extraterrestres retornam sempre devido ao magnetismo, com naves espaciais ou através de buracos de minhoca.
O imaginário mexicano vai longe mesmo, pois estes rumores de atividade celestial e avistamentos de OVNIs já são populares há muito tempo por lá. Os idosos, que residiam perto do local, ainda se lembravam de criaturas estranhas e incomuns de aparência humana vistas ao redor da área. Mas há alguns casos, que foram oficialmente relatados conforme você verá a seguir. Como a história de uma família da região, que fala em ser visitada por um trio de loiros humanóides com cabelos longos, sendo 2 machos e 1 fêmea, falando perfeitamente o espanhol. Os visitantes, então, pedem água, nunca comida ou algo diferente e ao serem perguntados por um agricultor mexicano acerca “de onde eles vieram?, acabam respondendo: “de cima”.
Em mais um desses relatos contam que um casal de exploradores, Ernesto e Josefina Diaz, dirigiram até lá em sua nova picape Ford em 13 de outubro de 1975. O objetivo era procurar fósseis e rochas incomuns, que existem por todo o lugar.
Eles perceberam a chegada de uma tempestade no deserto e decidiram fazer as malas e partir. Mas a tempestade os alcançou e sua van ficou presa em um pântano. Enquanto eles tentavam desesperadamente tirar a van da chuva e do pântano cheio de lama, estranhos se aproximaram deles acenando e querendo ajudar.
Eles eram excepcionalmente altos e usavam capas de chuva amarelas. O casal ficou no carro enquanto os dois homens de aparência única empurravam a van para fora da areia movediça. Quando o marido saiu para agradecê-los, eles haviam desaparecido. Isto é, a dupla desapareceu em segundos, sem qualquer evidência superficial de que eles estiveram lá.
Outro relato afirma que dois fazendeiros na área viram um veículo pairando acima do solo e mudando de cor. Eles dizem que viram dois seres humanoides saindo do veículo e estavam brilhando estranhamente. Então, eles ficaram com tanto medo que fugiram o mais rápido que podiam.
A verdade, no entanto, é que apesar de parecer imóvel, esta zona não tem um local exato, e isso explica o surgimento de mitos. As pessoas mais habituadas com a região costumam oferecer excursões para turistas, prometendo experiências paranormais. Com isso, surgiu um fluxo diário de pessoas que iam até lá em busca de óvnis e “energias”.
Aos poucos, esses turistas foram percebendo que tal região não era fácil de localizar, e a tese do cone magnético deu lugar a um novo argumento de que essas mudanças ocorram em razão das mudanças climáticas, ou que outros “pontos de silêncio” se movam a esmo através do deserto. O estranho, no entanto, é que os próprios autores de tal hipótese nunca tinham visto nada de anormal lá.
A pobreza local provocou a venda dos antigos fósseis – que hoje são difíceis de encontrar. A flora na região também diminuiu. Os cactos que existiam em abundância no local, hoje com a venda indiscriminada, está causando uma diminuição gradual deles. As tartarugas do deserto, que eram endêmicas, estão à beira da extinção.
Contudo, ainda se pode contar com a presença de lebres, coelhos, camundongos, cangurus, raposas, coiotes e corujas, considerada abundante para um deserto. Com a preocupação de proteger essa biodiversidade, a UNESCO estabeleceu um programa em parceria com institutos de ecologia para preservar uma área de aproximadamente 160.000 hectares.
Nos últimos anos, grupos de cientistas de várias partes do mundo têm trabalhado em pesquisas e esforços para recuperar a vida das tartarugas ali, bem como outras espécies. Eles relataram que, mesmo depois de dois anos de estudos, nenhum dos inúmeros equipamentos de monitoração e comunicação apresentou falhas. E certamente, nunca detectaram a presença da tal Zona do Silêncio.
Há teóricos da conspiração que afirmam o seguinte: a Zona de Silêncio se localiza geograficamente ao norte do Trópico de Câncer, mesma latitude do sul do paralelo 30. Assim, esta teoria sugere que a Zona do Silencio está na mesma latitude de outros locais misteriosos do mundo, tais como: as Pirâmides do Egito, as cidades sagradas do Tibet e até o famoso Triângulo das Bermudas e o Triângulo do Dragão. Algumas pessoas mais fervorosas dizem que não é só coincidência; todavia, que há algo mais nessas regiões misteriosas.
Por esses motivos, o lugar é considerado por eles um ponto para atividades paranormais. Fazendeiros que vivem próximos à zona afirmam que viram luzes estranhas pairando pelo local. Essas luzes ainda permanecem sem explicações lógicas, mas podem tratar-se de um fenômeno atmosféricos da região causado pelas anomalias presentes.
Como a ciência explica o fenômeno da Zona do Silêncio?
Cientificamente falando, a área tem muitos depósitos de magnetita, razão pela qual os sinais não funcionam. Na verdade, um meteorito encontrado aqui data de antes de nosso Sistema Solar se formar, há seis bilhões de anos. Ou seja, o meteorito tem cerca de 13 bilhões de anos.
Embora não haja nenhuma prova de queda ou mesmo de crateras, o local misterioso chamou a atenção do governo mexicano. Isso levou à criação da Reserva da Biosfera Mapimí. Lá, eles criaram uma estação de pesquisa que agora atrai cientistas e biólogos de todo o mundo que vêm constantemente estudar a flora e a fauna da região.
Por fim, o que não faltam são histórias interessantes na Zona de Silêncio, desde aparição de OVNIs, chuvas de meteoros, bolas de fogo no céu e até mesmo bolas de fogo rolando por colinas e montanhas. Além disso, como você leu acima os habitantes locais falam de seres estranhos e altos e de cores brilhantes. Independente dos mitos, mistérios e crendices, a Zona do Silêncio é mais uma região rica para estudos científicos sérios no México e também deve constar na pauta da preservação da flora e fauna do planeta Terra.
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