Recentemente passei por uma situação que me fez refletir ainda mais sobre a vida adulta, crescer dói para os que de fato crescem. Alguns só ganham tamanho, maturidade é uma conquista e um processo. Naturalmente penso nos ambientes de trabalho, tanta criança birrenta vestida com roupas de adulto…
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A provocação aqui começa com a reflexão sobre o desejo intenso de crescer quando somos pequenos e a fantasia que assola a mente dos adolescentes que acreditam que a vida adulta é recheada de sim’s, que são inacessíveis na fase da infância e adolescência. O sonho de receber constantemente sim, de dirigir, de transar e comprar o que desejam, constrói uma realidade fictícia sobre o mundo adulto.
Na minha visão, ser adulto é ter consciência sobre suas escolhas e estar disposto a bancar as consequências delas, independente de quais sejam, ahhhhh, aí começa a ficar difícil, não é!? O excesso de permissividade na educação atual, tem construído uma sociedade de eternas crianças mimadas que chegam nas empresas e não conseguem lidar emocionalmente com um não. Se alguém ousa questionar a sua preparação, ou lhe dizem não, os comportamentos apresentados são de revolta e que se acalmam utilizando seus próprios celulares, imagino que para jogar um game ou falar sobre a situação para alguém, é fato, tem dificuldade de resolver sozinhos e de encarar a frustração.
Quanto mais imaturos os futuros adultos permanecem, mais o entorno sofre, empresas sem percepção de líderes no futuro, pais preocupados com as atitudes dos filhos que assolados por uma realidade virtual, com direito à comunicação violenta e cortes, promovendo a automutilação como forma de lidar com a ansiedade e suas próprias dores.
Estamos diante de uma nova geração de adultos fragilizados por um processo de educação que parece ter mais falhas do que acertos.
E qual o melhor caminho? Sinceramente, não há uma receita pronta, infelizmente. Mas a vida é feita de ciclos que respeitam nossa fisiologia e compreensão, não dá para queimar etapas, cada coisa é descoberta em seu tempo.
Acredito que limites com afeto não costumam dar errado, eu disse limites. É preciso conscientizar adultos sobre a importância da inteligência emocional e autoconhecimento, assim como os adolescentes que não, eles não podem tudo, se não aprenderem em casa, o mundo irá ensiná-los de forma não tão afetiva. A maturidade é uma longa conquista que se reflete pela condução sob todos os recursos que temos condições de arcar com nossas escolhas, não é apenas sobre idade e altura.
Pense nisso!