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Menina morta pela mãe em SC estava sem ir à escola, diz Polícia

A menina Luna Nathielli Bonett Gonçalves de 11 anos estava a mais de 10 dias sem ir à escola; a mãe dela confessou o crime

De acordo com o apurado pela Polícia Civil, a menina Luna Nathielli Bonett Gonçalves de 11 anos e a irmã estavam a mais de 10 dias sem ir para a escola. Luna foi assassinada na última quarta-feira, dia 13, em Timbó e a mãe dela confessou o crime. A proibição teria ocorrido após a mãe e o padrasto descobrirem que Luna teria arrumado um namorado.

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A intenção da família, segundo a Polícia Civil, seria trocar as crianças de escola. Os trâmites para alertar o Conselho Tutelar sobre a ausência das meninas nas aulas estava sendo realizado, segundo a direção da escola estadual onde elas estudavam no bairro Imigrantes. A direção confirmou, também, que a família tinha pedido transferência para outro colégio.

O crime

Na última quarta-feira, dia 14, por volta da meia noite o Corpo de Bombeiros de Timbó foi acionado para atender a menina Luna que já estava sem vida. Ela foi conduzida ao Hospital, onde a médica de plantão percebeu diversas lesões no corpo dela e sangramento na roupa íntima. Por isso, os profissionais da unidade hospitalar acionaram a Polícia Militar, que levou a mãe e o padastro à Delegacia de Polícia de Indaial.

Na primeira versão, eles afirmaram que a menina havia caído de uma escada após tratar o gato. O casal disse a Polícia que ela teria ficado consciente, jantado, tomado banho e ido dormir. Já a meia noite teria passado mal quando eles acionaram o Corpo de Bombeiros.

Porém o exame do médico legista apontou diversas lesões graves e contudentes. Luna estava com o rosto machucado, sofreu poletraumatismo, com lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino e uma laceração na vagina. Fato que não condiz, segundo a Polícia Civil, com uma queda de escada.

Além disso, em contato com o perito que realizou o exame no local dos fatos, foi constatado que havia marcas de sangue nas proximidades do quarto da criança, no sofá, em uma toalha, fronha e calça masculina. Por isso, a Polícia Civil de Timbó intimou os responsáveis por Luna mais uma vez.

Após apresentarem os fatos o padastro da menina de 11 anos ficou em silêncio, já a mãe confessou ter matado a própria filha com socos e chutes. Alegou que o motivo seria que a menina tinha um relacionamento afetivo, em que ela teria se tornado sexualmente ativa, o que a mãe não aceitou e por isso agrediu a menina como forma de represália.

A Polícia Civil representou pelas prisões temporárias de ambos, que contou com rápida análise e concordância do Ministério Público e do Poder Judiciário. A prisão temporária tem prazo de 30 dias. Nesse prazo, a investigação prossegue em torno da suspeita da participação do padrasto na morte da criança, bem como para evidenciar se houve ou não a prática de crime contra a dignidade sexual.

*Com informações de NSC Total e Polícia Civil.

 

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