Ácido provoca proibição de consumo de moluscos em Santa Catarina
Proibição é para retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves (ostras, vieiras, mexilhões e berbigões) em três áreas do estado
Anúncio foi feito por Nota Técnica publicada na última sexta-feira - Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom
Por conta da presença da toxina ácido ocadaico (toxina diarreica), a Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, juntamente com a Cidasc, proibiu a retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves (ostras, vieiras, mexilhões e berbigões) em três áreas de Santa Catarina. O anúncio foi feito por meio de uma Nota Técnica publicada na última sexta-feira, dia 25.
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Fica proibida a retirada o consumo e a comercialização de moluscos bivalves procedentes das seguintes localidades:
1 – Ponta do Papagaio, município de Palhoça;
2 – Caieira da Barra do Sul, município de Florianópolis;
3 – Zimbros e Canto Grande, município de Bombinhas.
Entre os pontos registrados na Região Sul, foi detectada em Laguna e Balneário Arroio do Silva. De acordo com a nota, as pessoas que consumirem os moluscos contendo a toxina podem apresentar sintomas como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
A nota orienta ainda que os consumidores desses produtos que, caso apresentem sintomas após o consumo, procurem atendimento em unidade de saúde mais próxima e realizem a notificação entrando em contato com a Vigilância Epidemiológica ou Vigilância Sanitária municipal.
Os casos registrados em Balneário Arroio do Silva com sintomas da ingestão da toxina foram detectados pelo consumo do marisco retirado pelos próprios consumidores. Diante disso, a Secretaria Municipal de Saúde do município reforçou o alerta para que a população não retire marisco da beira da praia para o consumo.
Balneário Rincão
A contadora Luciane Colombo Baldissera ficou impressionada com a quantidade de mariscos que ela encontrou com a família no último sábado, dia 26, no Balneário Rincão. No mesmo dia que consumiu, Luciane já começou a sentir os sintomas. “Eu consumi o marisco no sábado à noite e já na madrugada iniciou uma cólica abdominal acompanhada de uma sensação de fraqueza e muita diarreia. No domingo foi terrível porque não consegui me alimentar e isto evidenciou a sensação de fraqueza, mas optei em me hidratar bastante. Já segunda-feira os sintomas começaram a aliviar. Se eu puder dar um conselho digo: não consumam o marisco, por favor, porque a consequência pode ser horrível”, destacou.
O Portal Litoral Sul entrou em contato com a Vigilância Sanitária do Balneário Rincão que informou que retirou amostras e enviou para o Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen) para analisar se existe a contaminação da toxina ácido ocadaico.