Antes de ser morta, Amanda foi torturada por 8h em Laguna, diz MP
A 2ª Promotoria de Justiça de Imbituba ajuízou ação contra os três suspeitos do assassinato de Amanda Albach Silva, de 21 anos em Imbituba; MP busca que o trio seja julgado em Tribunal do Júri
Antes de ser morta, Amanda Albach Silva foi torturada pelos três suspeitos do crime por oito horas em Laguna. Os detalhes do caso, fazem parte da denúncia ajuízada pela 2ª Promotoria de Justiça de Imbituba contra o trio pelos crimes de tortura, cárcere privado, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
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Segundo a denúncio do MP, a jovem de 21 anos teria vindo do Paraná, onde morava, passar o feriado do dia 15 de novembro para passar uns dias na casa de uma amiga. A amiga morava com o companheiro e o cunhado, os três reús na ação. No dia 14 de novembro os quatro teriam ido a uma festa em Florianópolis. Ao retornarem para Laguna, no dia 15 de novembro, a amiga de Amanda e os outros dois homens prenderam Amanda na casa.
Os três acreditavam que ela fizesse parte de uma facção criminosa e participaria de uma emboscada contra eles. Das 11h às 19h os três mantiveram Amanda encarcerada e a ameaçavam com uma arma de fogo, segundo a denúncia do MP, infrigindo intensa tortura mental para que ela falasse sobre a suposta armadilha.
Após oito horas de tortura, os três acusados teriam amordaçado Amanda e a levado até a praia de Itapirubá do Norte, em Imbituba. No local ela teria cavado a própria cova e foi morta com um tiro na cabeça. O corpo dela foi enterrado no local.
Acusados presos e MP busca julgamento em Tribunal do Júri
Os três acusados e agora reús do crime estão presos. Sendo que a ‘amiga’ da vítima e o cunhado dela haviam sido postos em liberdade, mas tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, após pedido da polícia e manifestação favorável do Ministério Público. A mulher e o homem que estavam livres foram presos na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira, dia 21. O companheiro da mulher já estava preso temporariamente.
Diante das provas colhidas sobre o assassinato, a Promotora de Justiça Gabriela Arenhart denunciou os três por homicídio duplamente qualificado, já que o crime foi cometido por motivo torpe e sem dar chances de defesa a Amanda, que estava sozinha, amordaçada e foi levada a um lugar ermo.
Além dos crimes de cárcere privado, tortura e ocultação de cadáver. O Ministério Público requeriu, também, que os acusados sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri e também postula indenização aos herdeiros da vítima.