Diretor do Hospital São José pede abertura do Centro de Triagem
Nos Hospital São José onde são encaminhados os casos um pouco mais graves de Covid-19, o atendimento aumentou de 10 a 15 pessoas por dia, para 75 pessoas por dia na última semana
Com o aumento exponencial do número de casos de Covid-19 em Criciúma, está sendo discutida a reabertura do Centro de Triagem do Coronavírus. Atualmente, essa triagem está sendo realizada nas Unidades Básicas de Saúde, UPA 24h da Próspera e 24H da Boa Vista, que praticamente dobraram o número de atendimentos de casos com sintomas respiratórios.
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Apenas os casos um pouco mais graves que aparecem nessas unidades são encaminhados ao Hospital São José, unidade de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da Covid-19.
Há duas semanas, o São José registrava o atendimento de 10 a 15 pessoas com suspeita ou positivadas de Covid-19. Já na última semana esse número cresceu para 75 atendimentos em 24h.
“Discutimos a abertura do Centro de Triagem. Até conversamos com o secretário de Saúde, Acélio Casagrande, para a reabertura do Centro tanto a parte de testagem como ambulatorial”, explica o diretor-técnico do São José, o médico infectologista Raphel Elias Farias.
O Centro de Triagem do Coronavírus em Criciúma teve os atendimentos paralisados no final de novembro do ano passado. Devido a pouca procura.
Uma reunião na tarde desta quarta-feira, dia 5, na Prefeitura de Criciúma irá decidir sobre a reabertura ou não do Centro de Triagem.
Aumento de casos, mas não de internações
Apesar do grande aumento do número de casos de Covid-19 em Criciúma, o número de internações não sofreu alterações. Segundo o diretor-técnico, atualmente, existem três pessoas internadas no ambulatório do São José e três pessoas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
“Apesar de estarmos vendo um grande aumento no número de atendimentos de pessoas com sintomas respiratórios, principalmente Covid-19, isso não tem refletido no aumento do número de internações. Esperamos que continue assim”, ressalto Farias.
Variante Ômicron contribui para aumento dos casos
As festas de final de ano, aliadas ao relaxamento nas medidas de prevenção à Covid-19 e ao surgimento da nova variante do coronavíruas, a Ômicron podem ter contribuido para essa nova onda.
“É todo um contexto. Vimos isso acontecer nos Estados Unidos, na Europa. As aglomerações, aliados ao relaxamento das pessoas nos cuidados e o surgimento de uma nova variante que transmite de forma mais rápida contribuíram para esse aumento. Apesar disso, a Ômicron a tendência é de a maioria dos casos não evoluir para um quadro mais grave”, explica o diretor-técnino do São José e médico infectologista.
Incentivar vacinação e manter cuidados
As principais medidas a serem tomadas neste momento, para o diretor-técnico, são manter os cuidados com uso de máscara e álcool em gel. Além de incentivar a vacinação, principalmente, o reforço da terceira dose.
“As medidas que estamos tomando são as mesmas. Apenas reforçamos que a população se cuide, não relaxe nos cuidados com utilização de máscara e higineização das mãos com álcool em gel. Reforçamos para nossos funcionários aqui, também, para seguirem com todos os cuidados. Além disso, temos que seguir incentivando a vacinação”, afirma Elias.
Casos de gripe aumentam
Aliado aos casos da Covid-19, o número de pessoas infectadas com vírus Influenza A, da gripe, têm tido grande crescimento. Principalmente devido a nova cepa do vírus, a H3N2.
“Tivemos um aumendo nos casos de influenza, principalmente H3N2. Não temos nenhum caso de suspeita de flurona, que é a infecção com Influenza e Covid-19. Além disso, nesse momento não tem ninguem internado devido a gripe”, ressalta Elias.