Zé Dassilva lança 3ª edição de livro sobre o Metropol

O Jornalista Zé Dassilva lançou o livro “Histórias que a bola esqueceu”, nessa terça-feira, dia 14, em criciúma. O livro traz novos fatos sobre a história do E.C. Metropol e torcida.

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Uma pesquisa prestes a completar 30 anos. Zé Dassilva iniciou a jornada em busca das histórias do Criciúma em 1994, para o projeto de TCC, enquanto ainda cursava Jornalismo. Hoje já na 3 edição, Dassilva promete trazer novas informações e registros que revelam a realidade da época em uma leitura dinâmica e com muitas recordações fotográficas.

O pai de Zé trabalhava nas minas de carvão, era arbitro de futebol e torcedor do Metropol. Foi assim que o jornalista se apaixonou e decidiu manter a lembrança viva. “Quando eu tive que sair da cidade eu fazia questão de contar as conquistas do Metropol, e muitas pessoas duvidavam, foi aí que eu pensei que essa seria uma ótima forma de registrar essa história”, afirmou.

A terceira edição conta a história de um time amador que, reforçado para abafar uma greve de mineiros de carvão, que acabou se tornando uma lenda do futebol brasileiro. O time verde e branco brilhou mais do que o preto do carvão e gerou uma paixão coletiva que ficou acima dos conflitos trabalhistas, mudando a vida da cidade, na qual até o padre recebia a faixa de campeão. Em quase 10 anos, o Metropol foi cinco vezes campeão catarinense, venceu a Chave Sul da Taça Brasil por duas vezes, revelou jogadores para grandes times e ainda teria aplicado uma maldição de 20 anos sobre o Botafogo. Mais do que vitórias em campo, o time dos mineiros inaugurou uma era de profissionalismo no futebol, com práticas que ainda demorariam a ser adotadas por outros clubes do país. A história do Metropol é o encontro do (bom) futebol com a sociologia.

Zé Dassilva –  Autor-roteirista na TV Globo desde 2000 e chargista do Diário Catarinense desde 1998. Natural de Criciúma (SC), formou-se em Jornalismo pela UFSC e fez pós-graduação em cinema-documentário pela FGV/RJ. Escreveu séries e novelas que marcaram época, como “Linha Direta”, “Sai de Baixo”, “Casseta & Planeta”, “Malhação” e “Império”, de Aguinaldo Silva, vencedora do Emmy como melhor telenovela mundial em 2015. Para o SporTV, produziu charges animadas e codirigiu o documentário “As Donas da Bola” (2006). Participou em outros livros como ilustrador (incluindo “A Ponte Sumiu!”, de Carlos Stegemann, 2010) e lançou, em 2011, o “Almanaque do Futebol Catarinense’, escrito com Emerson Gasperin. Em 2014, produziu a obra bilíngue “The Yellow Book” (Toriba Editora), livro oficial dos 100 anos da Seleção Brasileira. Em 2021, recebeu o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Direitos Humanos e Anistia na categoria Arte, com charge publicada no Diário Catarinense. Mora no Rio de Janeiro desde 2000, mas torce pelo Criciúma Esporte Clube – e só pelo Criciúma!