Bolsonaro cumpre agenda no Estado, defende voto impresso, causa aglomeração, xinga Barroso e promove motociata
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou ao Norte de Santa Catarina para visitar Joinville, no final da manhã desta sexta-feira, 06.
Em discurso e entrevistas defendeu o voto impresso e fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Antes de falar com a imprensa, em sua chegada à sede do Corpo de Bombeiros Voluntários para receber Ordem da Machadinha, comenda máxima da corporação, chegou a chamar o ministro Luís Roberto Barroso de “filho da puta”.
Sem máscara, Bolsonaro disse que o voto impresso trará mais seguranças nas eleições e garantiu ter comprovado em uma de suas Lives semanais que existem fraudes na urna eletrônica, inclusive, comprovadas pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No entanto, na segunda-feira, 02, o presidente foi incluído no inquérito de Fake News por ter feito acusações sobre possíveis fraudes sem apresentar provas. A investigação foi determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
“Usando poder da força para intimidar, abrir inquérito de Fake News. Pelo amor de Deus. Fake news é o próprio ministro Alexandre de Moraes. Ele abre inquérito, ele julga, ele colhe informações e condena. Que negócio é esse? Sem ouvir o Ministério Público. Que falta de respeito com o chefe do poder executivo”, declarou.
Para ele, auditar as urnas eletrônicas traria mais confiança ao resultado das eleições. “Existe algo mais democrático do que isso [voto impresso]? A alma da democracia é o voto. Não queremos ter dúvidas por ocasião das eleições do ano que vem. É o que o povo quer e nós temos que atender a vontade popular”, disse.
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Além de criticar o STF, Bolsonaro também citou que a CPI da Covid-19 não apurou nada até o momento e defendeu, mais uma vez, o tratamento precoce para a doença e fez críticas à imprensa e ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta por “defender tratamento apenas em fase hospitalar”.
O presidente também elogiou parlamentares de Joinville e Santa Catarina que estavam acompanhando sua visita à cidade, como Jorginho Melo (PL), Rodrigo Coelho (Podemos) e Esperidião Amin (PP). Além disso, citou empresários, como Luciano Hang, ao qual disse ser seu ídolo.
“A vinda aqui é pra sentir termômetro dos empresários e do povo”, disse o presidente, sem citar investimentos para Joinville e Estado.
Agenda em Joinville
Bolsonaro desembarcou com sua comitiva no aeroporto de Joinville por volta das 11h desta sexta-feira e seguiu para um almoço com cerca de 400 empresários.
No encontro, Bolsonaro recebeu demandas do setor empresarial, como o apoio para as reformas Administrativa e Tributária, mais recursos para as obras de duplicação da BR-280, mudanças no Simples Nacional e até retorno do horário de verão.
À tarde o presidente visitou o Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, onde recebeu uma condecoração chamada Ordem da Machadinha, um certificado e uma medalha.
O presidente também passou pelo 62º Batalhão de Infantaria do Exército. Ele deve pernoitar na cidade do Norte catarinense, no hotel do Batalhão do Exército.
Motociata na capital neste sábado
Já na manhã de sábado, 07, o presidente seguirá para Florianópolis onde participará de uma motociata, o evento não faz parte da agenda oficial do presidente, que apontava apenas a participação na Cerimônia de Entrega da Ordem da Machadinha como último compromisso no Estado.
A motociata em Florianópolis, segundo a organização terá concentração na Via Expressa Sul, próximo ao túnel Antonieta de Barros, a partir das 6h30, e a saída está prevista para às 9h. Segundo a organização, os motociclistas partirão em direção ao Centro pelo túnel por volta das 10h.
Em seguida, Bolsonaro e seus apoiadores passarão pela Beira-mar Norte e chegarão até as praias do Norte da Ilha de Santa Catarina pela SC-401. O retorno também será pela SC-401. Após percorrer a região central, os motociclistas devem cruzar a ponte Colombo Salles, que liga a região continental e insular. De acordo com a Polícia Militar, haverá impacto no trânsito da Capital, podendo envolver fechamento de vias próximas ao trajeto.
Após finalizar o percurso, o presidente irá conversar com apoiadores, no bolsão da Avenida Beira Mar Continental.