Acusada de assassinar grávida com estilete e roubar bebê vai a júri popular
A Justiça determinou que Rozalba Maria Grime, acusada de cortar a barriga da grávida Flávia Godinho Mafra com um estilete para roubar o bebê, em Canelinha, vá à júri popular. De acordo com sentença do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, o julgamento será por homicídio quintuplamente qualificado com agravante, tentativa de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, de parto suposto, de subtração de incapaz e de fraude processual.
Segundo a sentença, o homicídio de Flávia será julgado como qualificado por “motivo torpe”, “emprego de meio insidioso ou cruel”, “emboscada, dissimulação ou recurso que dificulte a defesa da vítima“, “para assegurar vantagem de outro crime”, “contra mulher por razões da condição de sexo feminino” e com aumento da pena por ter sido praticado contra gestante.
Rozalba ainda publicou nas redes sociais sobre o desaparecimento de Flávia. A publicação foi feita no Facebook horas antes do caso ser descoberto. Diversas pessoas se mobilizaram nas redes sociais na procura por ela.
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O documento, assinado pelo juiz José Adilson Bittencourt Junior, desta segunda-feira, 26, aponta que serão intimados o Ministério Público, o assistente de acusação e a defesa de Rozalba para que apresentem o rol de testemunhas que irão depor em plenário. Portanto, ainda não há data para o júri acontecer.
Após a defesa solicitar um exame de sanidade, O MPSC apresentou um laudo informando que a Rozalba Maria Grime é mentalmente sã e que pode ser julgada pelos crimes.
“Entendo que o laudo pericial apresentado aos autos se mostra válido e eficaz, constituindo-se em prova da capacidade da ré, classificando-a entre os imputáveis, uma vez que Rozalba “não possui qualquer transtorno psiquiátrico, doença mental, perturbação da saúde mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado”, apresenta o documento.
O companheiro de Rozalba, que também havia sido denunciado pelo MP foi solto por estar comprovado que ele não teria atuado como coautor. Segundo a decisão, o Ministério Público solicitou que a Justiça absolvesse, Zulmar Schiestl, marido da autora do assassinato, alegando que ele foi enganado.
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