Ataque à creche de Saudades antecipa processo para criação de Cyber GAECO
A criação de uma unidade especializada em investigações de crimes cibernéticos já estava sendo planejada como ação estratégica da administração do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), no entanto o violento e covarde ataque à creche de Saudades, que culminou na morte de duas educadoras e três crianças, além de outras 14 vítimas de tentativa de homicídio, acelerou essa iniciativa.
O Procurador-Geral de Justiça Fernando da Silva Comin e integrantes do GAECO de Santa Catarina foram ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) conhecer , o Cyber GAECO. A ideia é buscar subsídios técnicos para implantar uma unidade semelhante no MPSC, com esse modelo de força-tarefa especializada em crimes praticados por meio da internet, deepweb e outros meios digitais.
Entre em nosso grupo e receba as notícias no seu celular. Clique aqui.
O Procurador Geral de Justiça (PGJ) catarinense alinhavou, na última sexta-feira, 28, com o PGJ paulista, Mário Luiz Sarrubbo, uma parceria para estruturar no MP catarinense um modelo semelhante de apuração de crimes praticados no mundo virtual. “Infelizmente esses crimes que ocorrem em ambientes como a dark web têm sido um fenômeno cada vez mais constante e presente no nosso cotidiano. Por isso, fomos ao Ministério Público de São Paulo conhecer o modelo bem-sucedido do Cyber GAECO e vamos celebrar um convênio para replicar essa estrutura em Santa Catarina”, ressaltou Comin.
O chefe do Ministério Público paulista agradeceu a deferência e a troca de experiências. “Também temos aprendido muito com o Ministério Público de Santa Catarina e essa troca de expertise, essa troca de informação, fortalece o Ministério Público, mas, mais que isso, fortalece a sociedade, que é a destinatária dos nossos serviços. Vamos construir convênios para que os nossos MPs possam trabalhar melhor”, comentou Sarrubbo.
O Cyber GAECO é uma unidade criada em outubro de 2018 no Ministério Público de São Paulo. Formado por um grupo para enfrentamento a crimes cibernéticos, a estrutura é vinculada ao Centro de Apoio Operacional Criminal e da Segurança Pública (CCR) paulista.