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Sem avanços nas negociações, Sindisaúde e sindicato patronal retomam a conversa na próxima semana

Primeira rodada de conversa aconteceu ontem no auditório do Hospital São José

Não houve avanço na primeira rodada de negociação entre a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos da Saúde de Criciúma e região, (Sindisaúde), com os representantes das empresas (Sindicato Patronal).

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Na reunião realizada ontem, 10, no Auditório do Hospital São José, foram debatidas as cláusulas econômicas, sociais e jurídicas da categoria. Uma nova rodada deve acontecer na próxima semana ainda sem dia e horário definidos.

“O Sindisaúde rejeitou as propostas e negativas efetuadas pelo Sindicato Patronal na reunião. Avaliamos que no atual contexto é fundamental a valorização e o reconhecimento da categoria pela sua importância, ainda mais neste momento marcado pelo enfrentamento desta grave pandemia da Covid 19. Pedimos a sensibilidade dos empregadores para reavaliar esta proposta enquanto iremos analisar a nossa. Alertamos a categoria para acompanhar as negociações, manter sua força, união e pressão e assim, ampliarmos as conquistas”, disse o diretor-tesoureiro, do sindicato Cleber Ricardo da Silva Cândido.

O que foi tratado na reunião

Segundo Cândido, a categoria reivindica reajuste salarial de 10% e os empregadores ofereceram o INPC do período, previsto em 6%. Conforme ele, o mesmo percentual foi oferecido para o reajuste do vale-alimentação somente para aqueles que já recebem, chegando a R$ 150,00, contrariando o pedido da categoria que é de R$ 200,00 para todos os funcionários, independente de local de trabalho e de salários.

“Com exceção das empresas que já pagam vale-alimentação em valores maiores. Estas proporam o mesmo índice, contrariando o pedido de 30% de aumento. Foi negada ainda a reivindicação de acesso aos documentos trabalhistas para uma melhor fiscalização dos direitos e convenção coletiva. Mais uma negativa da pauta foi o pedido de 40% de insalubridade para todos os trabalhadores que atendem os pacientes infecto-contagiantes e psiquiátricos”, informa.

Ainda conforme o sindicalista, uma outra reivindicação rejeitada pelos empregadores foi de um auxílio-transporte para aqueles profissionais que não utilizam o transporte público, como também negaram a reivindicação de duas folgas extras mensais aos profissionais que fazem plantões noturnos e finais de semanas e feriados, as jornadas 12 x 36 e 36 x 12. “Para não conceder a pauta da categoria, os empregadores alegam estarem pagando altos preços para os insumos e recebendo o repasse do SUS sem reajuste atualizado. Reflitam comigo, se eles têm dinheiro para pagar os insumos mais caros, com certeza devem ter para dar aumento melhor para vocês, trabalhadores”, analisa.

A região de Criciúma conta com cerca de quatro mil trabalhadores, distribuídos em 15 hospitais.

 

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