Mundo VUCA é um termo de cunho militar, mais precisamente criado pela Army War College, Pensilvânia. O termo foi criado para a Escola de Graduação do Exército dos futuros generais. O que motivou a criação do termo foram as situações vinculadas aos conflitos, cenários de incertezas e volatilidade, somados às medidas ambíguas tomadas na época. Deste contexto, o mundo corporativo associou à similaridade dos cenários e hoje usam também para expressar a realidade dos negócios.
Aplicando o conceito para nossa vida, o VUCA se representa pela volatilidade das mudanças, tecnologias, vírus, finanças, somadas às incertezas que consigo trazem instabilidade emocional, principalmente a complexidade de encontrar uma única resposta ou verdades absolutas e, com isso, o dilema de construir planejamentos e a convocação para decidirmos rapidamente sobre situações com ambiguidades…difícil né?
Agora, além do acrônimo VUCA, tem também o BANI, termo cunhado pelo futurista Jamais Cascio. Segundo ele, estamos saindo de um mundo VUCA para um mundo BANI, ou em português FANI – Frágil, Ansioso, Não-linear e Incompreensível. Para que possamos esclarecer, segue uma breve explicação sobre cada tópico.
Frágil – Aquilo que muda rapidamente é frágil, não tem raízes sólidas e pode se desfazer a qualquer momento.
Ansioso – O imprevisível gera ansiedade pelo desconhecido, prejudicando o foco, mas estimulando a necessidade da prática do poder de ação, porém gerando tensões e pressões psicológicas.
Não linear – A relação de causa e consequência se torna imprevisível diante da agilidade de resultados e tecnologias.
Incompreensível – O acesso e o controle de dados podem parecer uma fonte de soluções, mas não temos capacidade humana para processar tudo.
A transição destes mundos ou modelo de movimentos humanos e organizacionais, deixam claro que as incertezas geram estados ansiosos e que a complexidade das situações mostra o quanto nem tudo tem ou terá relação causa e efeito e que não temos mais uma única resposta e às vezes nem a teremos, por isso incompreensível, a COVID nos mostrou claramente isso.
O convite é pensar o mundo em que vivemos. Não devemos escolher qual modelo faz sentido, ou se estamos deixando um para entrar em outro, mas a redefinição destes mundos passa pela revisão de atitudes individuais e organizacionais a ponto de questionarmos se estamos vivendo uma nova era ou se estamos sendo impactados pelas consequências de escolhas inconscientes que fizemos no passado.
Ressignificar o mundo que eu e você queremos nos leva à reflexão de quais valores devem ser inegociáveis, quais mudanças precisam acontecer agora para que no futuro próximo possamos criar acrônimos onde existam felicidade, leveza, vida, em suas definições. Quando isso acontecer, significa que deixamos de viver hipnotizamos pelo automatismo das rotinas e nos permitimos ser a melhor versão de nós mesmos. Pense nisso!