O inverno é a estação mais propícia para o surgimento de alergias oculares e doenças como a conjuntivite alérgica, uma das principais causas de consultas oftalmológicas durante a estação mais fria do ano. Em 2020, o inverno coincidiu com o pico de transmissões do novo coronavírus em Santa Catarina, o que reforça a preocupação de profissionais médicos com a saúde ocular.
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Um ato que pode parecer natural, como coçar os olhos quando sentimos uma irritação, se torna ainda mais perigoso em função da pandemia, pois os olhos são vetores de transmissão e contágio da Covid-19, alerta o presidente da Associação Catarinense de Oftalmologia, médico João Artur Etz Jr, .
A conjuntivite e a sensação de inchaço nos olhos podem, inclusive, ser os primeiros sintomas da Covid-19. “Pessoas que apresentem sinais de conjuntivite, inchaço das pálpebras, olhos vermelhos e/ou lacrimejamento, devem procurar um oftalmologista. Estes pacientes devem estar atentos também a outros sintomas como febre persistente, dor de garganta, dores no corpo e falta de ar”, reforça o médico oftalmologista.
Conheça as doenças e previna-se
As alergias oculares são causadas pela proliferação de ácaros e fungos somados à poeira e poluição, agravados pela baixa umidade do ar. “Quem sofre com outras alergias respiratórias – como rinite, sinusite e dermatite – precisa ter cuidado redobrado. Medidas simples como manter os ambientes em casa arejados e limpos são eficazes para evitar o acúmulo de fungos e ácaros”, recomenda o presidente da entidade.
A conjuntivite alérgica, por sua vez, é uma inflamação da conjuntiva, membrana que recobre o olho e a superfície interna das pálpebras, que causa vermelhidão nos olhos, coceira, irritação, lacrimejamento, inchaço e aumenta a sensibilidade à luz. Ela pode ser desencadeada por alérgenos (pólen, pêlos de animais e ácaros) e é muito comum no inverno e também na primavera. “O sintoma mais comum da conjuntivite alérgica é a coceira e a vermelhidão. O tratamento recomendado é com uso de colírios especiais contendo anti-histamínicos para controlar reações alérgicas, desde que receitados por um médico oftalmologista”, diz o médico João Artur Etz Jr.