Ações integradas para impulsionar o desenvolvimento do Sul do Estado pautaram o encontro realizado nesta segunda-feira, 18), na Associação Empresarial de Criciúma (Acic). Além da entidade anfitriã, a reunião de trabalho foi promovida pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e o Sebrae/SC.
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“Essa aproximação entre as associações empresariais, a Fiesc e o Sebrae é importante porque, juntos, podemos fazer esse diálogo e discutir de que forma dar nossa contribuição para o Sul de Santa Catarina receber novos investimentos e mostrar a força que a região tem. São mais de 40 mil estudantes de ensino superior, uma indústria pujante e empreendedores brilhantes”, considera o presidente da Acic, Moacir Dagostin.
“É uma região forte, de importância estratégica para o desenvolvimento de Santa Catarina”, concorda o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar. “A Fiesc mantém parceria com o Sebrae, para buscar soluções para diversas regiões do Estado. Com o apoio das associações empresariais, podemos trabalhar em conjunto para ajudar a região Sul a ter um crescimento exponencial”, acrescenta.
Aguiar também apresentou números apurados pelo Observatório da Fiesc, em relação ao desempenho econômico do Estado. “Há uma vocação industrial forte no Estado. Santa Catarina está em segundo lugar na produção de riquezas. Somos um estado empreendedor. De acordo com os 12 indicadores monitorados pela Fiesc, Santa Catarina tem um desempenho econômico muito acima da média nacional”, apontou.
Quanto aos dados de Criciúma, o município tem o oitavo PIB do Estado, com R$ 6,9 bilhões gerados. Está em sétimo no número de trabalhadores – 67 mil – e em oitavo no número de estabelecimentos, com 7.224. Apesar de ocupar a 11ª posição no ranking de importações, é apenas o 24º em exportações.
Para o diretor superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, não só Criciúma, mas o Estado, pode se diferenciar apostando no nicho da tecnologia. “O Sebrae está apoiando fortemente as startups e é importante levar a indústria da inovação para toda Santa Catarina. Temos que fazer esse ecossistema forte, para que possa apoiar as empresas tradicionais”, defende.
Na região, a meta do Sebrae é chegar a 14,3 mil atendimentos de empresas diferentes. No momento, já alcançou 12 mil atendimentos, além de desenvolver diversos projetos e programas. Uma possibilidade citada por Fonseca para o Sul do Estado é a implantação de uma incubadora de novos negócios pela instituição.
Prioridades
As prioridades para a região passam por fatores estruturantes, capital humano, infraestrutura, internacionalização, investimentos e políticas públicas, mercado, saúde e segurança, inovação e empreendedorismo.
Na agenda da infraestrutura, está o Porto de Imbituba, cujo incremento na movimentação de cargas depende de obras como a pavimentação da BR-285 (Serra da Rocinha), em Timbé do Sul, na divisa com o Rio Grande do Sul. Com investimentos de R$ 118,5 milhões, os trabalhos iniciaram em novembro de 2013 e têm término previsto para dezembro de 2020. Além disso, a expansão da malha ferroviária, pleito que será levado ao Fórum Parlamentar Catarinense.
Atualmente, o Porto de Imbituba movimenta entre 5 milhões e 6 milhões de toneladas/ano e opera com uma linha de cabotagem. Mas a intenção é ampliar a movimentação de contêineres e com isso atrair uma linha internacional.
“É um trabalho que estamos fazendo em conjunto, com a participação ativa das Associações Empresariais. Já realizamos diversas reuniões, para focar nas exportações e importações, que hoje estão indo por outros portos”, pontua o presidente da Associação Empresarial de Imbituba (ACIM), Adilson Silvestre.
Também foram citadas as praças de pedágio na BR-101. “Tivemos três audiências públicas, brigamos, mas continuaram as quatro praças. O edital está lançado e esperamos que o processo continue, porque o trecho Sul precisa de manutenção. Há parlamentares querendo judicializar (para impedir a concessão), mas não podemos comprar essa briga”, avalia Dagostin. Como encaminhamento da reunião, os representantes das entidades se comprometeram a desenvolver um planejamento socioeconômico para a região e, a partir daí, trabalhar em conjunto para viabilizá-lo.