Com o tema “Se exponha, mas não se queime”, a campanha Dezembro Laranja é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia pela prevenção e tratamento do câncer de pele. A ideia é promover a conscientização do cuidado com a pele em relação à exposição solar de forma descontraída, mas sem perder o tom de alerta, especialmente nessa época do ano.
Mesmo com a estimativa de novos casos de câncer de pele não melanoma caindo a cada dois anos, os dados ainda preocupam: os tumores malignos representam 30% de todos os casos da doença diagnosticados no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Considerando 2018/2019, a estimativa é de 165.580 mil novos casos de câncer de pele não melanoma. Para 2018/2019, em comparação com os dois anos anteriores, projeta-se que a doença atinja mais homens (85.170 mil) do que mulheres (80.410 mil).
O uso regular de um bom filtro com a aplicação correta é só uma das recomendações importantes quando se trata de exposição ao sol. “O cuidado deve ser maior para quem está na praia ou na piscina, mas é sempre bom lembrar que o filtro solar deve usado todos os dias. Precisamos incorporar esse hábito até porque, mesmo em dias nublados, estamos expostos à radiação UV”, lembra a dermatologista Dra. Paula Guglielmi.
O protetor solar
O melhor filtro solar é aquele que atende bem à sua necessidade e, por isso, vale a pena consultar e seguir a recomendação do profissional dermatologista. Por exemplo, para quem tem pele oleosa ou com acnes, é melhor o produto livre de óleo.
No geral, é importante que o filtro solar tenha FPS mínimo de 30 e, se for usado na praia ou na piscina, deve ser resistente à água. Quem transpira demais ou fica muito tempo exposto ao sol deve reaplicar o produto a cada duas horas. Para os outros casos, é recomendado reaplicar a cada 4 horas.
Atenção à regra ABCDE
Uma das medidas preventivas tão importantes quanto o uso do filtro solar é consultar um dermatologista pelo menos uma vez por ano para exames de rotina. Paralelamente, prestar atenção ao seu corpo ajuda a detectar sinais de alerta. A regra ABCDE diz respeito a5 características das pintas: assimetria, bordas, coloração, diâmetro e evolução. “Aquelas com mais de 6 milímetros de diâmetro, assimétricas, com bordas irregulares e mais de uma tonalidade têm mais chances de ser um câncer de pele”, afirma Paula.
De acordo com ela, “o surgimento de uma pintinha diferente ou de alguma alergia suspeita na pele é motivo suficiente para consultar um médico. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais tranquilo tende a ser o tratamento”, reforça.
Outros cuidados de prevenção
- Evite a exposição solar entre 10h e 16h (horário de verão);
- Use barracas de algodão ou lona ao ir à praia ou piscina. O material absorve 50% da radiação UV;
- Use chapéus, óculos e camisetas.