Polícia Federal está com os nomes de dez responsáveis por fake news no primeiro turno das eleições
Os nomes de dez pessoas que produziram notícias falsas (popularizadas como fake news) no primeiro turno do processo eleitoral de Santa Catarina já estão com a Polícia Federal para abertura de inquérito. Apenas um desses boatos, postado no Facebook, teve mais de 3,5 milhões de curtidas, compartilhamentos ou comentários. Considerando que em 2017 a população de Santa Catarina, incluindo crianças e idosos, passou dos sete milhões de pessoas, o impacto dessa única mentira foi de mais da metade dos habitantes do estado.
As dez denúncias encaminhadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) à Polícia Federal são mentiras criadas exclusivamente para atacar e levantar suspeitas sobre o processo eleitoral, a segurança das urnas eletrônicas e a lisura da própria Justiça Eleitoral. Mesmo não tendo sido divulgados os nomes dos responsáveis por estes crimes, o presidente do TRE-SC, desembargador Ricardo Roesler, afirmou que entre eles há “pessoas conhecidas, incluindo uma deputada eleita”, que atuaram de forma organizada.
Histeria pelas redes sociais
Na foto divulgada pela PMSC, um dos resultados prováveis do clima de histeria provocado pelas mentiras espalhadas nas redes sociais. Não só os autores das fake news, mas também quem as propagou sem a devida conferência estão sujeitos a punições que vão de detenção ao pagamento de multas.
Todas estas informações e muitas outras foram transmitidas na manhã desta quinta-feira (18) à imprensa de Florianópolis durante coletiva na sede do Tribunal. O objetivo do encontro foi desmentir os boatos que se proliferaram especialmente no dia da votação do primeiro turno, 7 de outubro; apresentar as medidas tomadas para coibir a continuidade desse tipo de prática criminosa; divulgar as ações que devem levar à punição dos responsáveis; e explicar o que está sendo feito, do ponto de vista de mais informações da parte do próprio TRE-SC, para que a população tenha condições de escapar da boataria.
Ao final da coletiva, Roesler declarou que a ação desenvolvida por aqueles que originaram as notícias falsas teve funções bem claras: “Manter a população indignada, assustada, engajada e alinhada. A indignação e a histeria coletiva fazem a população agir. A difusão massificada e o consumo de informações estrategicamente renovadas, não deixam a população relaxar. É uma ação deliberada de incitação permanente. Assustados e indignados, todos são levados a agir, compartilhando essa tal da teoria da conspiração. ”
Por Andréa Leonora/ Especial CNR-SC/ADI-SC/Central de Diários