13ª Agroponte em Criciúma destaca potencial econômico do agronegócio no Sul do estado

Em sua 13ª edição, a Feira Agroponte, realizada entre os dias 14 a 18 de agosto em Criciúma, reafirmou seu papel como a maior feira de agronegócio de Santa Catarina, atraindo pessoas de diversos municípios e impulsionando a economia regional. O evento contou com 250 expositores, pequenos e grandes produtores, empresas e mais de 80 mil visitantes durante cinco dias.

Conforme a organizadora da feira, Jaqueline Backes, a feira destaca como a região está evoluindo no setor do agronegócio, agricultura familiar e outros ramos envolvidos nesta edição. “Durante os cinco dias de evento, o setor agropecuário se tornou o foco principal da nossa região. Aqui em Criciúma, a economia é tradicionalmente voltada para as indústrias, mas na Agroponte vemos uma evolução na valorização do agro”, afirmou Jaqueline.

Nesta edição, a feira contou com a participação não só de Santa Catarina, mas também de outros estados. A diversidade presente no evento permitiu a troca de conhecimentos entre os expositores e público, possibilitando o desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas de produção. A feira também foi marcada por diversas rodadas de negócios, palestras e julgamentos de animais, além de um destaque especial para a agricultura familiar.

Também estava presente no evento o deputado estadual Volnei Weber, que destacou a importância da feira para a economia local, bem como para o turismo. “A Agroponte se tornou uma oportunidade única para pequenos e grandes produtores, os possibilitando de expor seus produtos e conhecimento aos visitantes, além de gerar negócios, fortalecendo a geração de empregos e renda na nossa região”, ressaltou o parlamentar.

Para produtores da agricultura familiar, o evento representa uma oportunidade de entrada no mercado e conhecer novos clientes. Para a participante, Jaqueline Grapiglia, a Agroponte oferece aos pequenos produtores a possibilidade de levar o campo para a cidade, mostrando a qualidade de seus produtos e dando visibilidade a eles. “É uma honra estar aqui”, afirma Jaqueline.

O evento também recebeu inovações na área da pecuária, com a introdução do gado Wagyu, reconhecido por sua carne de qualidade e valor mercantil. O proprietário da Cabanha Lago Azul, Irani Coelho, de Jaguaruna, é pioneiro na criação de gados de corte com maciez, como aberdeen e braford, e neste ano traz a raça Wanyu para a região. “Estamos trazendo uma carne mais suculenta e marmorizada para cá, agregando valor ao nosso rebanho e proporcionando um ganho significativo para os pecuaristas locais”, explicou Irani.

O representante da cooperativa Cooperja, Luiz Paulo, destacou o evento como algo de suma importância o papel do cooperativismo em apoio aos agricultores em diversos segmentos. “A Cooperja atua em um amplo segmento, oferecendo serviços essenciais como postos de combustíveis e o tratamento de sementes, uma área que tem crescido significativamente no mercado,” explicou o representante, que também ressaltou que a cooperativa sempre prezou pela qualidade das sementes, um fator crucial para garantir sucesso nas lavouras. Além disso, a cooperativa tem expandido suas operações, introduzindo novas linhas no mercado, como a PET, voltada para produtos veterinários. “Nós temos duas linhas de alta qualidade, a Mop e a Bone, que fornecem rações para cachorros, além de uma linha dedicada a animais de grande porte, a Dom Joaquim,” acrescentou.

Também esteve presente no evento o Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC), enfatizando o papel crucial do produto na economia brasileira. Devido aos desafios enfrentados pelo setor arrozeiro, em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul, o SindArroz-SC montou um espaço interativo na feira, exibindo amostras de arroz e destacando os processos produtivos do grão. O presidente do sindicato, Walmir Rampinelli, enfatizou a importância da interação com o público para valorizar o cultivo do grão. “Durante toda a feira, conseguimos aumentar o entendimento das pessoas sobre as diversas etapas da produção do arroz. É essencial que todos entendam o quanto todos os processos são complexos e que existe todo um sistema por trás para a produção e beneficiamento”, afirma.

Por fim, o criador de cavalos crioulos do município de Jacinto Machado, Vilmar Costa, apontou a importância da Agroponte para promover a criação de cavalos crioulos, mencionando a pesquisa do Ministério da Agricultura que aponta que, para cada cavalo em treinamento, até quatro pessoas são empregadas, movimentando a economia do setor.

O evento, que terminou neste domingo, dia 18, já deixa expectativas elevadas para a próxima edição, que já está em planejamento para a segunda quinzena de agosto de 2025. “Nossa meta é sempre melhorar e atrair mais consumidores e negociadores para a feira. Queremos que os resultados de vendas não sejam apenas durante o evento, mas que tragam benefícios duradouros para os meses seguintes”, concluiu Jaqueline Backes.